Cordel do Fogo Encantado
Juntem...
As forças pra seguir nessa jornada... na na na... 
Busquem... 
As forças pra lutar na sua própria batalha... na na na... 
A poeira subiu de ambos lados 
Arames farpados olhos e punhos fechados, cerrados 
A face marcada pela mesma vida seca como a terra, rachada 
Uma sombra densa e pesada eclipsando o que há de melhor na sua alma 
O verdadeiro terror mais sufocante que o calor, eu disse:
"Essa é a sua jaula" 
Os desertos se encontram de várias formas 
Seja no espírito no solo ou na mente através de idéias tortas 
Que produzem gente morta em escala industrial 
Guerra pela terra a pedra contra o tanque 
Guerra altera a terra nada será como antes 
Na inverção dos papéis do pequeno Davi contra Golias, O Gigante
Como os barões das mega corporações Gigante como o coronelado dos grandes e pequenos sertões Como os vários e vários e vários Ubiratans 
(Ubiratans...)
Com seus sanguinários batalhões 
(É pedra e bala rasga o peito) 
Que na sua prepotência 
(De quem passa, passa sem destino) 
E ignorância bélica 
Não conseguirão perceber a força que a chegada certeira, daquela pedra 
Juntem... 
As forças pra seguir nessa jornada... na na na...
Busquem... 
As forças pra lutar na sua própria batalha... na na na... 
Um beijo seco no portão do teu ouvido 
Quebrando cercas pra chegar, na nossa mira 
A pedra curte, a bala corre e voa A pedra fura, bala transpassa 
A bala é quente e a pedra é pura como um gole de cachaça 
Velho como teu projeto louco 
Forte como quem chora de medo
Guerra pela terra 
A pedra contra o tanque 
Guerra altera a terra nada será como antes 
Escuto em alto falantes aquele som de cimento dessa muralha sem fim 
Desejo a pedra e a bala E a santa paz fora do jogo 
Pois o que fala alto é pedra e bala 
(Pedra e bala) 
Naquela praça onde as crianças brincam
(Sol, poeira) 
Naquele prédio perto das estrelas
(De pedra e bala) 
Naquele circo no qual quando chove não há espetáculo 
postagem: walter vieira
imagem: net
Nenhum comentário:
Postar um comentário
nome